Os poemas que
escrevi
para meu pai e minha
mãe,
ainda choro quando
leio.
E fico pensando
assim:
meu Deus, quando é
que passa
essa solidão dura e
inclemente?
Muitos anos atrás
escrevia poemas em
perguntas
e ainda me faltam as
respostas.
Um dia a vida finda
e tudo de bom e ruim
fica esquecido.
Agora, porém, levo
comigo
as lembranças boas
as ausências.
Em dias aleatórios
lembro dos meus pais
e choro pelas
madrugadas.
Em tardes aleatórias
chorava por minha
mãe
caminhando em
lembranças.
Fingi me acostumar
porque a vida segue,
está bem.
O coração, apenas,
teima em fazer
dessas
e a gente não
controla.
Esqueci minhas
perguntas
de quando tinha
quinze anos,
as memórias
continuam aqui.
Outro dia fez dois
anos,
não escrevi, não
falei,
pensei, senti.
Amanhã faz cinco
anos
nunca sei ao certo
como vou agir.
Sinto sempre e
muito, penso
falo pouco ou quase
nada
pareço sempre
igual.
Todo mundo sabe
ninguém é o que
parece
lição pra
recordar.
Não é possível
viver a vida
sem sofrer.
Não é bom
viver a vida
sem amar.
De alguma forma
é um mistério
a gente pode se
encontrar.
A mesma música
um livro
uma ausência.
De alguma forma
não sei como
espero
a gente se encontra
por aí.
Goiás, 27/06/2015
(1h22) – Anápolis, 21/05/2018 (20h08)
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