Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Mateus 5, 4-6
Até quando escreverei poemas sobre morte
todos os dias só fim sem começo
angústia e amargura e injustiça
sobre esperança e renascimento
neste mundo resta pouco a dizer
estou cego e não escuto
falta-me a forte compreensão
queria como os loucos
virar o mundo do avesso
recriá-lo ao prazer da justiça
serenidade e amor e paz
então triste dou o que me resta
como sombra e sofreguidão
essas palavras pequenas
esse grito abafado
pulsante como as vidas
apagadas dias atrás.
Cidade de Goiás, 30 de maio de 2011.