Às vezes eu fico paralisado
pela dúvida,
você não?
Quero escrever, falar, responder,
mas quem sou eu?
Sabe como é isso?
Os fantasmas andam por aí
perseguindo a nossa alma.
Nos dias ócio demasiado
leio livros, mato tempo
e olho para dentro.
Nem sempre aprecio a visão.
Acontece com você?
Lá fora estão todos festejando
a felicidade falsa,
mas são humanos como eu,
entende?
Há desejos perdidos
a moral não permite.
Não quero ser assim,
sabe?
Quando sei
tenho vergonha de dizer,
o mais importante
parece escondido.
Os fantasmas...
Num dia
pensando
a vida parece tão estranha.
É constragedor,
já sentiu isso?
Eles estão lá fora
aqui dentro
por toda parte
e não vão embora
por mais que a gente queira.
Cidade de Goiás, 6 de março de 2011.