terça-feira, 30 de setembro de 2008

A chuva molha nossa cara

Como se a chuva não molhasse
ao cair em nossa cara,
como se não fosse verdade
tudo aquilo que sabemos,
como se o mundo fosse agradável
e as pessoas fossem boas,
como se a natureza
não fosse violenta,
como se a gente acreditasse
em todas as responsabilidades.

Assim, assim, assim.

Seria bom dizer não,
saber quando dizer sim
e ter um lugar seguro
pra se esconder quando cair a chuva,
e se abrigar dos trovões
com um chá quente,
um cobertor bem gostoso,
uma boa companhia.

É o que parece,
mesmo sem ver um outro mundo
lutamos pela vida
querendo desistir,
segurando com força,
como se a chuva não molhasse
quando a gente está lá fora
esperando ela chegar.

Campinas, 30 de setembro de 2008.

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