sábado, 11 de junho de 2011

Não ao medo!


Não ao medo dos fortes
que oprimem a gente
e a tornam pequena.

Não ao medo dos ricos
que roubam a gente
e a tornam pobre
como nunca foi.

Não ao medo dos grandes
donos de tudo
terra água ar
que cercam, proíbem a gente
de andar livre pelo mundo
e viver a vida como deve ser.

Não ao medo dos latifundiários
dos políticos dos empresários
não ao medo
da polícia que mata
do bandido que mata.

Não ao medo da bala
da emboscada
do escuro.

Não ao medo!

A terra o rio a beleza
a dignidade
a força do braço
são nossos por direito
todos sabem
a terra que grita sabe
o bicho que espreita sabe
a árvore antiga sabe
o broto novo sabe
o fogo que queima sabe
a chuva que apaga sabe
o vento que geme sabe
toda a gente sabe
mas alguns
fingem não saber.

Não ao medo
nem da vida
nem da morte.

E se a caminhada tiver que acabar
hoje amanhã ou na próxima estação
vai ter de nós
força luta e coragem.

Cidade de Goiás, 10 de junho de 2011.

2 comentários:

Ravel disse...

Muito obrigado pela visita em noso blog (arquivos críticos). E parabéns pelo belo poema: é um prazer ler mais um desafio à cultura do medo.
Abraços.

agitandopañuelos disse...

HACIA TIEMPO QUE NO LEÍA ALGO QUE ME EMOCIONARA TANTO!!
FELICITACIONES!