É como quando você se lembra
e vê a vida indo assim
passando como sempre
um filme na madrugada
solidão na quinta à noite
serei Cristo crucificado
ou Jesus com as crianças.
Meu pai tentava me ensinar a jogar bola
eu criança no parque Barigui
queria andar de rolemã
tinha medo do skate
achava patins coisa de playboy.
Sempre passo a mão nas folhas
quando vou banhar nos rios
lixeira, aveludadas, duras
aguentam todas o sol.
Às vezes de manhã
faço uma oração,
às vezes choro sozinho
e ninguém sabe,
o futebol me cansa
gosto dos livros
mas me cansam,
o pior é pensar num ateu
quando quer agradecer pela vida
e não tem com quem conversar.
Quem pode convencer um comunista
ou como mudar a mente de um liberal
ou será meu-deus-do-céu
que o mundo vai ser diferente...
Esperamos
enquanto isso
vamos caminhando.
Goiás, 15 de fevereiro de 2013.
Um comentário:
Que profundidade!!
Lindas palavras, que vieram do coração.
Que Deus abençoe seu dom!
Beijo!
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