No meu cotidiano parado
vejo de longe a vida nas metrópoles
e palavreio sobre a chuva de cá
e o nada e o tempo
o tempo só passando, passando.
Gente é gente
igual em todo canto.
Aqui na Villaboadegoiás
o estagiário do arquivo
escutando o batidão sertanejo
do show lotado da cidade grande
querendo ir pra lá
oportunidades na vida.
O ferragista que não diz quando vem
e no final não vem.
Aquela senhorinha
não quis me alugar a casa
barbudo de outro lugar, oras!
As crianças perguntam
o sobrenome, a família
essencial!
Na universidade
falta o carimbinho no papel
pra fazer a matrícula.
O nada no trabalho
eu-queria-ver-os-índios
contrasta.
Aqui no meu quintal
coisas de sempre
goiabas galinhas limão
caju cajá fruta-do-conde
romã, veja só!
outras mais.
Aranhas, insetos
o escorpião amarelo
ali no cantinho
no meu sonho.
E o tucano, ai!
pertinho,
revivo!
Não sou daqui
não quero ser de lá.
Cidade de Goiás, 21 de fevereiro de 2011.
2 comentários:
Gera!! que lindo! que palavras bonitas!
Saudades meu amigo! é bão saber de ti através dos teus versos!
boa semana
Uma novidade: http://vivenciaeducacionaldejovenseadultos.blogspot.com/
bjins
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