Como se atravessasse portas fechadas
e paredes de ferro e lugares escondidos
o antigo deus Mamom
entra na vida de todos
sem dó nem piedade
procurando um caminho
para fazer mais de si mesmo.
Num dia azul de crianças
ele traz a escravidão e a guerra.
Em prédios altos reluzentes
pessoas bonitas e brancas sorriem.
Cresce em todo canto do mundo
um medo tão grande
a vida parece uma espera
só isso e nada mais
uma espera ansiosa
pelo alívio – pelo fim.
15.08.2007
2 comentários:
Só pra dizer que eu passei por aqui! Bjo.
Lê.
Nossa Gera, você expressou magnificamente a miseria (!) da vida dominada pelo deus capital, nome moderno de mamom. Sua fome de reproduçao sem fim: entra portas fechadas procurando um caminho pra fazer mais de si mesmo. E traduziu o anseio dos que oram pelo fim do capitalismo, ou mais profundamente, pelo fim de toda injustiça: cresce em todo canto do mundo uma espera pelo alivio - pelo fim. Maranatha! Bj,
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