você começa a suportar
a voz um pouco alta,
e depois o grito.
Então você fica rouco,
tolera a tensão constante
e já não diz boa noite,
pois não podem ser boas
as noites de uma vida triste.
Em seguida vem o cansaço,
a insatisfação com cada coisa,
a depressão, o desespero,
e o tempo vai passando,
vai comendo a vida.
Até que você perceba
que lhe tiraram tudo
pouco a pouco
e agora, no fim
você já não é mais o mesmo.
Campinas, 19 de setembro de 2008
Um comentário:
Oi, Gera....
aqui é a Lígia, do Veja (ex-integrante... mas ainda de coração!)
muito lindo esse poema....
To numa fase turbulenta, talvez por isso ele tenha me tocado da forma como fez... mas é muito lindo anyway!
saudades! vira e mexe lembro de vc!
bjo grande!
Postar um comentário